sábado, 20 de fevereiro de 2010

Encontros e re-encontros recentes











Pois é, como certamente a torcida inteira do Flamengo, minha vida é também bastante atribulada.








Sobreviver neste país como músico é tarefa estranha. Músico clássico (ainda não me conformo com este rótulo), pior ainda.




Para isso é preciso fazer concertos, tocar em musicais de teatro, dar consultoria para cinema, tv, enfim - a gente joga nas 11.








Já perto de fazer 46 anos, tenho nas costas 29 peças de teatros, incontáveis concertos e recitais, um monte de alunos (diga-se de passagem: adoro todos), 1 filme, 3 novelas - a assim vou garantindo o pão de cada dia.








Só que há um lado chato nisso: a cada trabalho existe um forte envolvimento emocional. Quando este trabalho acaba e outro aparece, torno-me um nômade com o mesmo endereço. Passo a viver em outra tribo. E, com os anos passando, muita gente querida acaba se afastando. É natural, cada um também vai à procura de sua nova tribo.








E os amigos?? Piorou. Os horários nunca combinam, quando um pode o outro não pode e assim vai.








O finalzinho de 2009 e este início de 2010 tem sido bastante generosos com os re-encontros.
Nas fotos acima (viva a era da cêmera digital):
1) Gravando a obra "Diurno" de Armando Lobo. Nesta foto estou entre o compositor, de verde, e o saxofonista, de azul.
2)Com a Diana Kacso. Super pianista que conheci na infância. Não a via há uns 20 anos. Hoje tenho o prazer de voltar a conviver com ela.
3) Nelson Freire. Sem comentários, né?
4) Foto histórica: em 1989 fui o pianista do espetáculo Suburbano Coração. Em 2009, 20 anos depois, só nós que estávamos em cena saímos para jantar. Na foto estou com a Fernanda Montenegro, Ana Lúcia Torre e Otávio Augusto.
Hoje volto a encontrar outra pessoa das antigas.
Então... até a próxima postagem!